Brasil

Ocupar, Resistir, Produzir: Empresas Recuperadas Argentinas

O documentário vai ao encontro de algumas empresas recuperadas para conhecer a história, a organização e os benefícios na vida dos trabalhadores e da comunidade argentina.

Uma das respostas à constante precarização do trabalho, intrínseca à economia capitalista, são as empresas gestionadas pelos próprios trabalhadores. Na Argentina, a experiência é conhecida como Empresas Recuperadas, onde fábricas, hotéis, restaurantes, e outras instituições que estiveram sob ameaça de serem fechados, são ocupados e continuam a produzir sob gestão operária, sem patrões. read more »

Usina Catende: lutas sociais e educação popular para um desenvolvimento regional

No início da década passada, com maior ênfase na Zona da Mata nordestina do Brasil, região da cana-de-açúcar, radicalizam-se vários tipos de lutas sociais de trabalhadores na busca de melhores condições de vida e trabalho, em especial no Estado de Pernambuco, na Usina Catende3. read more »

Educação de trabalhadores

Tensões entre formação ético-política e técnico-produtiva na produção capitalista e na produção associada

O que os trabalhadores e trabalhadoras aprendem no processo de trabalho? O que apreendem sobre o mundo a sua volta? O que desejam da escola? Entre trabalhadores-estudantes e trabalhadores-educadores persistem velhas perguntas: Afinal, para que serve a escola? Aprender o quê? Para quê? Não são poucas as questões que permeiam as relações históricas entre trabalho e escola: como surge essa instituição disciplinadora de corpos e mentes? em que medida pode contribuir para a emancipação humana? read more »

Processo de Trabalho e Processo Educativo: Notas sobre o "Período de Ouro" da Educação de Adultos em Portugal

Focalizamos processos de educação de trabalhadores no contexto dos movimentos populares subseqüentes ao golpe militar de 25 de abril de 1974, o qual pôs fim ao regime fascista que perdurou 48 anos em Portugal. Registramos que as palavras de ordem e as práticas de “autogestão” e de “controle operário” delimitavam campos de luta que manifestavam formas distintas de conceber os significados e desafios políticos do que se denominou “período revolucionário em curso – PREC” (1974-75). Partimos da premissa de que esse momento histórico pode ser entendido como “período de ouro” da educação de adultos em Portugal, tanto no que diz respeito às aprendizagens proporcionadas pelos movimentos de ocupação de terras, casas, escolas, quartéis e fábricas, como também no que se refere às políticas públicas formuladas para os adultos trabalhadores. Destacamos que, inspirada no slogan “a libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores” (Estatutos Gerais da Associação Internacional dos Trabalhadores, de 1871), a Direção Geral de Educação Permanente (DGEP) do Ministério da Educação de Portugal indicava que educação de adultos seria obra dos próprios adultos.  read more »

O lugar da economia solidária na educação e o lugar da educação na economia solidária

Qual o lugar da economia solidária na educação e qual o lugar da educação na economia solidária? Uma boa pergunta carrega consigo outras perguntas: Quais as relações entre trabalho e educação? Quais os nexos entre projeto educativo e projeto societário? Em que medida a educação/formação em economia solidária vem se tornando objeto de nosso fazer e pensar um movimento que, dependendo de seu horizonte econômico-filosófico, também poderia se denominar “movimento dos trabalhadores associados na produção”? read more »

Formação de jovens trabalhadores associados na produção da vida: questões para debate

Em formato de ensaio, o texto revela que, para enfrentar a crise estrutural do emprego e a precarização do trabalho, alguns jovens têm se organizado em torno do movimento por uma economia popular solidária. Com o propósito de refletir sobre a formação de jovens trabalhadores que se associam para garantir a reprodução ampliada da vida, são articulados alguns conceitos como juventude, associativismo, produção associada, cultura do trabalho e autogestão. A partir de informações extraídas do grupo de discussão E-solidária, são feitas referências às organizações econômicas associativas, criadas e dirigidas por jovens, cuja racionalidade econômica, ao contrário do “empreendedorismo”, se diferencia da lógica da economia capitalista. Enfatiza-se que problematizar o trabalho significa problematizar as atuais e as futuras relações entre escola e sociedade; ressignificar o trabalho dos jovens é ressignificar o sentido da escola como instituição social e, ao mesmo tempo, a maneira com que ela é percebida, hoje, pelos próprios jovens, que estão experimentando trabalhar de forma associativa e autogestionária. read more »

Escolas do Trabalho: Reflexões sobre Fábricas Ocupadas e Recuperadas pelos Trabalhadores

A pintura amarelo-suja e descascada do portão de entrada dava impressão de pobreza e abandono. Na portaria, os funcionários desuniformizados (fora do padrão globo de qualidade) realizam o ‘trabalho prescrito’ pelos antigos patrões: registravam o número de nossas carteiras de identidade e, em seguida, entregavam nossos respectivos cartões de visitante.... Isso tudo, sem a pomposidade habitual de uma empresa de renome internacional que, 1873, havia patenteado e lançado nos Estados Unidos uma fantástica máquina de escrever inventada por Chirstopher Lathan Sholes. read more »

De olho no conhecimento “encarnado” sobre trabalho associado e autogestão

Eles fecham as fábricas, nós abrimos. Eles roubam as terras e nós as ocupamos. 

Eles fazem as guerras e destroem as nações, nós defendemos a paz e a integração 

soberana dos povos. Eles dividem, nós unimos. 

Porque somos a classe trabalhadora.

Porque somos o presente e o futuro da humanidade.³

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Cultura do trabalho, autogestão e formação de trabalhadores associados na produção: questões de pesquisa

Partimos do pressuposto de que os conceitos são produtos das condições históricas de um determinado espaço/tempo, carregando consigo algo que é, e ao mesmo tempo, pode vir a ser. Em busca de subsídios teórico-metodológicos que contribuam para refletir sobre as dimensões educativas dos processos de trabalho sob o controle dos trabalhadores, (re) visitamos – a luz do materialismo histórico – as categorias ‘produção associada’, ‘autogestão’ e ‘cultura do trabalho’, fazendo referência a diferentes contextos em que os trabalhadores tomaram para si os meios de produção. Problematizamos os processos de formação de trabalhadores associados, tendo em conta o movimento social por uma economia popular solidária que, desde o final da década de 1980, com a crise estrutural do emprego, se constrói em âmbito latino americano. read more »

Autogestão, Disciplina no Trabalho e o Direito à Preguiça

Quando os trabalhadores tornam-se os proprietários dos meios de produção, qual o sentido do trabalho? Que tipo de disciplina é necessário para a construção de relações econômico-sociais que possam, de alguma maneira, contrariar a lógica do capital? Na prática, como os trabalhadores associados concebem o que denominam autogestão? Reproduzir depoimentos e, em especial, alguma “queixas” dos trabalhadores associados ajuda-nos a trazer à tona os impasses vividos no interior das fábricas que, a partir da década de 1980, vêm sendo ocupadas e/ou apropriadas por ex-funcionários. read more »