1. Saberes do Trabalho Associado: A autogestão no contexto do movimento popular de 25 de Abril, em Portugal

    O processo de trabalho constitui-se como o lócus de aquisição e produção de novos saberes, mas, sob determinadas relações sociais de produção, pode se tornar (des)educativo. Não por um acaso, Gramsci (1982) adverte que ao criar uma gerência científica que planeja e controla a padronização de tempos e movimentos, o taylorismo tenta separar o homo faber do homo sapiens, ou seja, tenta separar aquilo que é inseparável: pensamento e ação. read more »

  2. Burocracia como organização, poder e controle

    O objetivo central deste trabalho consiste em analisar a forma como Maurício Tragtenberg e Fernando Cláudio Prestes Motta concebem a burocracia. Os objetivos específicos são: compreender as principais características da burocracia segundo Weber, autor central que orienta as obras de Tragtenberg e de Prestes Motta; atingir o entendimento de burocracia expresso na obra de Tragtenberg; apreender o entendimento de burocracia segundo a obra de Prestes Motta; analisar as relações entre os entendimentos de burocracia de Tragtenberg e de Prestes Motta. São levados em consideração nas análises dos autores e do conceito de burocracia: a trajetória intelectual; a ordem das produções; as epistemologias; o espaço e o tempo histórico; a dimensão semântica, ideológica e cultural; questionamentos que se revelam importantes para se compreender o desenvolvimento teórico do conceito. Chegou-se à conclusão de que, apesar das diferenças nas trajetórias intelectuais de Tragtenberg e Prestes Motta, a burocracia é entendida por ambos como organização, poder e controle. read more »

  3. “Todos são iguais”, “todos são responsáveis” e “todos estão no mesmo barco”: os (des)entendimentos da autogestão cooperativa

    Este estudo de caso investigou como cooperados de uma cooperativa industrial negociam interesses e constroem entendimentos no cotidiano da autogestão de sua cooperativa. Com este objeto, conduzimos uma observação etnográfica do dia a dia de trabalho dos cooperados, o que incluiu longas conversas ao lado das máquinas, bem como seis entrevistas semiestruturadas. Obtivemos que os cooperados formularam ao menos três importantes regras tácitas sobre o funcionamento coletivo na cooperativa: “todos são iguais”; “todos são responsáveis”; e “todos estão no mesmo barco”. read more »

  4. Taylorismo: herança ou permanência?

    Crise de identidade em uma fábrica recuperada pelos trabalhadores

    Este estudo de caso analisou a formação da identidade de cooperado entre trabalhadores de uma fábrica recuperada. Foi realizado por meio de conversas no cotidiano de trabalho e de entrevistas, quando os trabalhadores se referiram à cooperativa e às suas histórias de vidas de trabalho. Demonstra que, na constituição da cooperativa, os líderes do grupo construíram uma identidade prototípica que opera como uma expectativa social sobre o modo de atuação dos cooperados. A assunção pessoal dessa identidade depende da possibilidade de seu desempenho pelos trabalhadores, o que é dificultado pelas limitações em controlar e modificar seu próprio trabalho. Isto resulta numa identidade simultaneamente induzida pela liderança e interrompida pelo processo de trabalho, ou seja, em crise. read more »

  5. Onde a autogestão acontece: revelações a partir do cotidiano

    Este ensaio versa sobre o cotidiano das relações autogestionárias de trabalho, práticas que vêm sendo muito desenvolvidas e incentivadas no contexto atual brasileiro. Para tanto, justifica a escolha do olhar adotado – o cotidiano – e propõe ressignificações do que venham a ser impasses, conflitos e escolhas organizacionais nessas relações de trabalho. Para isso, apresenta e discute a experiência de uma cooperativa de artesanato, com o intuito de reposicionar a importância e o sentido do replanejamento cotidiano do trabalho e das negociações micropolíticas nesse contexto. read more »

  6. Sustentabilidade dos Empreendimentos Populares: uma metodologia de formação

    Este é um livro que nasce, quem sabe, nasceu muito antes de sequer ser imaginado. Ele pretende resgatar um novo momento de largada que, porém, não é mais que um recomeço. É um relançamento depois de um longo tempo de maturação: desde aquele primeiro ponto de partida, 20 anos atrás, e passados os tempos do início, os momentos do aprendizado, os tempos das correções... read more »

  7. As Organizações Coletivistas de Produção Associada e a Autogestão Social

    Neste estudo pretende-se defender a tese de que a autogestão plena somente pode ser concebida no plano social, como um novo modo de produção. Em outras palavras, sob o capitalismo, os empreendimentos chamados de autogestionários não se constituem em uma autogestão, mas em organizações coletivistas de produção associada, as quais possuem características autogestionárias e se apresentam enquanto formas de resistência ou modelos alternativos aos do sistema de capital. A autogestão social ou as organizações coletivistas de produtores associados não são nem uma nova economia e nem uma economia solidária. A autogestão tem uma dimensão social e somente pode existir uma autogestão nas unidades produtivas quando o sistema social for autogestionário. Essas organizações com características autogestionárias correspondem à forma de gestão coletivista de trabalho. Sob o capitalismo, algumas organizações podem ter características predominantemente (nunca totalmente) autogestionárias. Estas são conceituadas aqui como Organizações Coletivistas de Produção Associada, que por estarem inseridas na lógica do capital, atuam como unidades no sistema de capital, ainda que não pertençam a este. read more »

  8. Economia dos Setores Populares: Sustentabilidade e Estratégias de Formação

    Os textos que compõem este livro se originaram do seminário Economia dos setores populares: sustentabilidade e estratégias de formação, realizado entre os dias 5 e 6 de dezembro de 2006, na Universidade Católica do Salvador – UCSAL. Alguns textos foram previamente preparados para subsidiar as discussões e foram revistos pelos seus autores; os demais, resultaram de intervenções que foram gravadas, transcritas, submetidas aos respectivos autores e incluídas sob essa forma no livro.

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  9. Desenhando a nova morfologia do trabalho: As múltiplas formas de degradação do trabalho

    O presente texto apresenta alguns elementos empíricos e analíticos que configuram o que denominamos como nova morfologia do trabalho.
    Geographical: 
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