América Latina

As Organizações Coletivistas de Produção Associada e a Autogestão Social

Neste estudo pretende-se defender a tese de que a autogestão plena somente pode ser concebida no plano social, como um novo modo de produção. Em outras palavras, sob o capitalismo, os empreendimentos chamados de autogestionários não se constituem em uma autogestão, mas em organizações coletivistas de produção associada, as quais possuem características autogestionárias e se apresentam enquanto formas de resistência ou modelos alternativos aos do sistema de capital. A autogestão social ou as organizações coletivistas de produtores associados não são nem uma nova economia e nem uma economia solidária. A autogestão tem uma dimensão social e somente pode existir uma autogestão nas unidades produtivas quando o sistema social for autogestionário. Essas organizações com características autogestionárias correspondem à forma de gestão coletivista de trabalho. Sob o capitalismo, algumas organizações podem ter características predominantemente (nunca totalmente) autogestionárias. Estas são conceituadas aqui como Organizações Coletivistas de Produção Associada, que por estarem inseridas na lógica do capital, atuam como unidades no sistema de capital, ainda que não pertençam a este. read more »

Economia dos Setores Populares: Sustentabilidade e Estratégias de Formação

Os textos que compõem este livro se originaram do seminário Economia dos setores populares: sustentabilidade e estratégias de formação, realizado entre os dias 5 e 6 de dezembro de 2006, na Universidade Católica do Salvador – UCSAL. Alguns textos foram previamente preparados para subsidiar as discussões e foram revistos pelos seus autores; os demais, resultaram de intervenções que foram gravadas, transcritas, submetidas aos respectivos autores e incluídas sob essa forma no livro.

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Desenhando a nova morfologia do trabalho: As múltiplas formas de degradação do trabalho

O presente texto apresenta alguns elementos empíricos e analíticos que configuram o que denominamos como nova morfologia do trabalho.
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As formas diferenciadas da reestruturação produtiva e o mundo do trabalho no Brasil

Este texto apresenta, de modo sintético, alguns dos principais resultados da pesquisa Para onde vai o mundo do trabalho? As formas diferenciadas da reestruturação produtiva no Brasil, realizada com o apoio do CNPq, no qual fizemos um desenho detalhado da realidade recente do mundo do trabalho no Brasil, através da investigação empírica em diversos setores ou ramos econômicos, procurando apreender alguns elementos centrais do processo de reestruturação produtiva em curso e a maneira pela qual esse processo  multiforme vem afetando e metamorfoseando o mundo do trabalho.

Os modos de ser da informalidade: rumo a uma nova era da precarização estrutural do trabalho?

The ways of being of informality: towards a new era of structural precarious work?

Como resultado das transformações e metamorfoses nos países capitalistas, estamos diante de um intenso e significativo processo de informalização e precarização da classe trabalhadora. Compreender os modos de ser dessa processualidade, seus elementos explicativos, bem como suas conexões com a lei
do valor é o principal objetivo deste texto.

As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital

A classe trabalhadora no século XXI, em plena era da globalização, é mais fragmentada, mais heterogênea e ainda mais diversificada.Pode-se constatar, neste processo, uma perda significativa de direitos e de sentidos, em sintonia com o caráter destrutivo do capital vigente. O sistema de metabolismo, sob controle do capital, tornou o trabalho ainda mais precarizado, por meio das formas de subempregado, desempregado, intensificando os níveis de exploração para aqueles que trabalham. Esse processo é bastante distinto, entretanto, das teses que propugnam o fim do trabalho. read more »

A nova morfologia do trabalho e as formas diferenciadas da reestruturação produtiva no Brasil dos anos 1990

Este texto pretende apresentar alguns elementos que caracterizam a reestruturação produtiva no Brasil recente, com ênfase em suas consequências no processo de informalização e desenho da nova morfologia do trabalho.
Apresentamos uma fenomenologia da informalidade

Encontro da política com o trabalho: um estudo psicossocial sobre autogestão a partir da experiência das cooperadas da Univens

The meeting of politics and work: a psychosocial study on the self-management experience at the Univens cooperative

Este artigo apresenta uma pesquisa de mestrado em Psicologia Social (IP-USP). O objetivo do estudo foi identificar as principais repercussões psicossociais da experiência de autogestão de uma cooperativa de costura de Porto Alegre (RS), a Univens. Buscou-se compreender como a vivência de relações autogestionárias de trabalho afeta as vidas sociais de seus sujeitos, tanto no plano do trabalho quanto no âmbito das relações familiares, comunitárias e citadinas. read more »

É Caminhando Que Se Faz O Caminho

Diferentes metodologias das incubadoras tecnológicas de cooperativas populares no Brasil

As incubadoras tecnológicas de cooperativas populares (ITCP’s) funcionam em cerca de vinte universidades brasileiras. O objetivo é apoiar a consolidação de iniciativas econômicas fundamentadas nos princípios da autogestão, a partir de um processo pedagógico orientado pelas trocas entre o “saber popular” e o “saber acadêmico”. Entretanto, as diferenças regionais das comunidades atendidas, as diferenças institucionais das várias universidades e as diferentes perspectivas teórico-metodológicas dos atores envolvidos levou ao aparecimento de diferentes metodologias. read more »

As Comissões de Fábrica no Brasil diante do Golpe de 1964

Este artigo pretende abordar a formação de Comissões de Fábrica no Brasil dentro de um contexto de ascensão das lutas dos trabalhadores nos anos 1950-68. Nossa hipótese é que as Comissões de Fábricas se formaram como embriões de lutas autogestionárias no Brasil que rapidamente foram estranguladas pelo acirramento da ditadura militar em 1968 e em seguida pela reestruturação produtiva.  read more »