Socially Useful Production

A Economia Solidária em Territórios Populares

Uma pesquisa exploratória sobre o tecido sócioprodutivo em quatro comunidades da cidade do Rio de Janeiro

Esta publicação é um produto do projeto Rio Economia Solidária (RIO ECOSOL), fruto de convênio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro com a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes). Este convênio está inserido nas ações promovidas pelo Ministério da Justiça, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), em comunidades reconhecidas como territórios da paz. read more »

Usina Catende: lutas sociais e educação popular para um desenvolvimento regional

No início da década passada, com maior ênfase na Zona da Mata nordestina do Brasil, região da cana-de-açúcar, radicalizam-se vários tipos de lutas sociais de trabalhadores na busca de melhores condições de vida e trabalho, em especial no Estado de Pernambuco, na Usina Catende3. read more »

Formação de jovens trabalhadores associados na produção da vida: questões para debate

Em formato de ensaio, o texto revela que, para enfrentar a crise estrutural do emprego e a precarização do trabalho, alguns jovens têm se organizado em torno do movimento por uma economia popular solidária. Com o propósito de refletir sobre a formação de jovens trabalhadores que se associam para garantir a reprodução ampliada da vida, são articulados alguns conceitos como juventude, associativismo, produção associada, cultura do trabalho e autogestão. A partir de informações extraídas do grupo de discussão E-solidária, são feitas referências às organizações econômicas associativas, criadas e dirigidas por jovens, cuja racionalidade econômica, ao contrário do “empreendedorismo”, se diferencia da lógica da economia capitalista. Enfatiza-se que problematizar o trabalho significa problematizar as atuais e as futuras relações entre escola e sociedade; ressignificar o trabalho dos jovens é ressignificar o sentido da escola como instituição social e, ao mesmo tempo, a maneira com que ela é percebida, hoje, pelos próprios jovens, que estão experimentando trabalhar de forma associativa e autogestionária. read more »

Escolas do Trabalho: Reflexões sobre Fábricas Ocupadas e Recuperadas pelos Trabalhadores

A pintura amarelo-suja e descascada do portão de entrada dava impressão de pobreza e abandono. Na portaria, os funcionários desuniformizados (fora do padrão globo de qualidade) realizam o ‘trabalho prescrito’ pelos antigos patrões: registravam o número de nossas carteiras de identidade e, em seguida, entregavam nossos respectivos cartões de visitante.... Isso tudo, sem a pomposidade habitual de uma empresa de renome internacional que, 1873, havia patenteado e lançado nos Estados Unidos uma fantástica máquina de escrever inventada por Chirstopher Lathan Sholes. read more »

De olho no conhecimento “encarnado” sobre trabalho associado e autogestão

Eles fecham as fábricas, nós abrimos. Eles roubam as terras e nós as ocupamos. 

Eles fazem as guerras e destroem as nações, nós defendemos a paz e a integração 

soberana dos povos. Eles dividem, nós unimos. 

Porque somos a classe trabalhadora.

Porque somos o presente e o futuro da humanidade.³

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Cultura do trabalho, autogestão e formação de trabalhadores associados na produção: questões de pesquisa

Partimos do pressuposto de que os conceitos são produtos das condições históricas de um determinado espaço/tempo, carregando consigo algo que é, e ao mesmo tempo, pode vir a ser. Em busca de subsídios teórico-metodológicos que contribuam para refletir sobre as dimensões educativas dos processos de trabalho sob o controle dos trabalhadores, (re) visitamos – a luz do materialismo histórico – as categorias ‘produção associada’, ‘autogestão’ e ‘cultura do trabalho’, fazendo referência a diferentes contextos em que os trabalhadores tomaram para si os meios de produção. Problematizamos os processos de formação de trabalhadores associados, tendo em conta o movimento social por uma economia popular solidária que, desde o final da década de 1980, com a crise estrutural do emprego, se constrói em âmbito latino americano. read more »

Autogestão, Disciplina no Trabalho e o Direito à Preguiça

Quando os trabalhadores tornam-se os proprietários dos meios de produção, qual o sentido do trabalho? Que tipo de disciplina é necessário para a construção de relações econômico-sociais que possam, de alguma maneira, contrariar a lógica do capital? Na prática, como os trabalhadores associados concebem o que denominam autogestão? Reproduzir depoimentos e, em especial, alguma “queixas” dos trabalhadores associados ajuda-nos a trazer à tona os impasses vividos no interior das fábricas que, a partir da década de 1980, vêm sendo ocupadas e/ou apropriadas por ex-funcionários. read more »

“Todos são iguais”, “todos são responsáveis” e “todos estão no mesmo barco”: os (des)entendimentos da autogestão cooperativa

Este estudo de caso investigou como cooperados de uma cooperativa industrial negociam interesses e constroem entendimentos no cotidiano da autogestão de sua cooperativa. Com este objeto, conduzimos uma observação etnográfica do dia a dia de trabalho dos cooperados, o que incluiu longas conversas ao lado das máquinas, bem como seis entrevistas semiestruturadas. Obtivemos que os cooperados formularam ao menos três importantes regras tácitas sobre o funcionamento coletivo na cooperativa: “todos são iguais”; “todos são responsáveis”; e “todos estão no mesmo barco”. read more »

Taylorismo: herança ou permanência?

Crise de identidade em uma fábrica recuperada pelos trabalhadores

Este estudo de caso analisou a formação da identidade de cooperado entre trabalhadores de uma fábrica recuperada. Foi realizado por meio de conversas no cotidiano de trabalho e de entrevistas, quando os trabalhadores se referiram à cooperativa e às suas histórias de vidas de trabalho. Demonstra que, na constituição da cooperativa, os líderes do grupo construíram uma identidade prototípica que opera como uma expectativa social sobre o modo de atuação dos cooperados. A assunção pessoal dessa identidade depende da possibilidade de seu desempenho pelos trabalhadores, o que é dificultado pelas limitações em controlar e modificar seu próprio trabalho. Isto resulta numa identidade simultaneamente induzida pela liderança e interrompida pelo processo de trabalho, ou seja, em crise. read more »

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